Advogado informou que causa foi um infarto. Ele chegou a ser condenado por genocídio de indígenas, mas sentença foi anulada; Ríos Montt esteve no poder em 1982 e 1983.
Ex-ditador da Guatemala Efrain Rios Montt fala em sessão da Suprema Corte da Justiça do país, onde se defende de acusações de genocídio (Foto: Reuters/Jorge Dan Lopez)
Jaime Hernández, um dos advogados do general, disse que ele sofreu um infarto em casa. Em 2015, Ríos Montt havia sido diganosticado com demência senil. O ex-ditador também tinha problemas pulmonares e respiratórios.
"Ele morreu em casa, com o amor de sua família, com a consciência saudável, limpa, rodeado de muito amor, afligido pelas doenças que conhecemos", afirmou Hernández à agência EFE. "Morreu em paz, tranquilo, e todos com a convicção que neste país nunca houve genocídio e era inocente do que foi acusado."
Ríos Montt era acusado de ter promovido um genocídio indígena nos 17 meses em que esteve no poder, considerado o mais sangrento da guerra civil (1960-1996).
Em 1982 e 1983, exército guatemalteco promoveu 15 massacres contra 1.171 indígenas maias-ixiles no departamento de Quiché, no noroeste do país.
Em 10 de maio de 2013, José Efraín Ríos Montt foi considerado culpado em um julgamento histórico, tornando-se o primeiro líder latino-americano e um dos poucos do mundo a ser condenado por esse crime.
A pena foi de 50 anos de prisão por genocídio e mais 30 anos por outros crimes contra a humanidade.
Dez dias depois, no entanto, a Corte Constitucional da Guatemala anulou a setença.
Em 2015, decidiu-se por um novo julgamento.
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